17.9.08

mãos de manteiga

nos filmes, os apressados a entrar em casa não só possuem por regra geral os braços cheios de compras como também deixam cair as chaves e por consequente as mercearias. claro que a sensação de pânico transmitida pela vítima na sua desesperada procura costuma ser essencial na intauração do suspense no espectador.
contudo também se pode ver a acção por outro olhar. um olhar que deixa de parte um sentimento de emoção e desespero e realça mais a curiosidade. se a chave for considerada uma oportunidade, então as mãos do desesperado retratam obviamente o Homem, na medida em que as largamos no momento que mais precisamos delas. incomodamo-nos com elas uma grande parte do dia pois estão sempre a acusar a sua presença, e é quando realmente estamos necessitados que ela resolvem amuar.
se dessemos mais atenção, talvez compreenderiamos melhor a sua carência.

bom, por muitos que sejam os crimes que dessa acidental acção possam resultar, a verdade é que as chves vão sempre cair. como as estatísticas. é realmente uma pena, mas a verdade é que somos governados por uns incapazes. já nem se preocupam em dar uma apresentação minimamente realista. que falta de imaginação. de certa forma até faz sentido: a linha desce acompanhada do corpo. é uma questão de solidariedade.

6.9.08

vira o disco e toca merda

nunca se viu alguém a anunciar aos quatro ventos O meu sistema é a solução porque nele somos infelizes. As pessoas apoiam politicas que contêm vários defeitos que são considerados virtudes, mas alguém que apoie um sistema infeliz é algo que nunca se viu. porque a felicidade é a essencia. uma sociedade onde o povo é feliz é A Sociedade. os restantes métodos são merda.

merda castanha, merda verde, merda multi-color, merda dura ou merda mole; mas é tudo merda.

2.9.08

o mentiroso

o mentiroso ganhou a lotaria. para reconhecimento perguntaram-lhe Tu és o mentiroso, Não, disse. não recebeu o premio.

uma outra versão da estória conta que o mentiroso disse que o era. não recebeu o premio, pois ironicamente não acreditaram nele.